Um poema de Francisco José Barata


Lê-se no FB o seguinte, pelo punho do autor de "a geometria do pensamento":

"O meu primeiro livro de poesia, sairá lá para o final deste ano, e será apresentado num espaço público (?) , em Lisboa. Planeio, ir aí apresenta-lo, no Freixial, no próximo encontro de amigos. terei muita honra em fazê-lo.

Muitos do poemas ali estampados, tem a sua origem momentânea, em lugares imaginários, mas vividos num determinado momento. 

Um deles, tem esta paisagem, este registo do momento: o rio Trancão. E aqui vos deixo, hoje, esse poema de um tempo de Freixial:

O ruído suave do pensamento
escuto o ruído suave das águas
de um rio de aldeia
correndo pela minha vida inteira
como se de um sonho feliz
se tratasse
passo a mão pela face
e dou comigo sentado á sua beira
passeando pela memória do tempo.
as velhas águas do rio correm
e os dias da minha vida também
mas a um ritmo mais lento
o velho rio continua a ir para o mar
mas a minha vida navega ao sabor do tempo
naquele rio manda a natureza
na minha vida manda o pensamento
                                       Gonçalves Francisco José